quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Um lugar vazio


Pior que a cadeira vazia, é o vazio humano que a nossa sociedade caiu. Um vazio, onde os valores económicos e materiais se tornam o centro da essência diplomática.

Não basta elogiar um homem corajoso, que foi julgado de forma isolada, sem direito a comunicar com ninguém, por denunciar de forma pacifica mas concreta, as atrocidades e as censuras praticadas pelo regime da República Popular da China.

Liu Xiaobo não foi congratulado somente por lutar por uma causa justa, mas principalmente por pôr em práticas as suas convicções sem odiar ninguém, apesar de todo odio que o regime da república popular lhe retorna.

Aquela cadeira vazio não é somente a ausência de um homem corajoso, mas também da impotência de um mundo perplexo e cada vez mais cético.

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